28 de Março de 1988: há 35 anos atrás aconteceu o Massacre da Boca do Capacete, contra o Povo Indígena Magüta e mais conhecido como Genocídio Indígena
Nesse ano de 2023, completou duas décadas e meio em que aconteceu o triste episódio que o Povo Ticuna nunca irão esquecer que perderam seus entes queridos no massacre, as morte dos Ticuna rapidamente repercutiu em Nível nacional e internacional, o massacre é conhecido como Genocídio Indígena. Com derramamento de sangue o povo sempre será resistente na luta contra os invasores da terra e madeireiros e principalmente contra o anti indígenas, contra racismo científico, institucional, social.
Graças aos coragem do Espírito Tradicional do povo Ticuna depois de acontecimentos eles conseguiram suas demarcação de mais 10 áreas Ticuna que já estão declarado com posse permanente, os Ticuna são povo Protagonizador em busca de melhores condições e pela lutas à Educação Escolar Indígena, Saúde Indígena Diferenciado, Demarcação de Terras, Pela Permanência do PIT - FUNAI e muitos outros históricos de lutas, hoje o povo Ticuna já somando mais de 70 mil habitantes cada vez mais aumentando e tem sua cultura milenar vivo, língua, crenças e identidade para o Alto Solimões - AM.
Histórico de Acontecimento de Massacre
No início dos anos 1980 as comunidades Tikuna do Alto Solimões se organizaram pressionando a FUNAI pela demarcação de suas terras que, até então, vinham sendo ocupadas ilegalmente ou, algumas, tituladas pelo INCRA igualmente de modo irregular e fraudulento. No início de 1988 a FUNAI anunciou a demarcação das terras, e as ameaças aos Tikuna, da parte de madeireiros e fazendeiros, tornaram-se cotidianas. Entre os declarados inimigos dos Tikuna, sobre o qual funcionários locais da FUNAI alertavam seus superiores, destacava-se Oscar de Almeida Castelo Branco, madeireiro e fazendeiro na boca do Igarapé Capacete, no Rio Solimões, e grande comerciante local.
No dia 28 de março de 1988, reunidos em assembleia para discutir a situação, os Tikuna foram supreendidos por um ataque desferido por 14 homens fortemente armados. Foram 4 os indígenas mortos, e 10 “desaparecidos”, além de 23 outros feridos. Os sobreviventes apontaram os 14 atacantes e acusaram como mandante e responsável pelo massacre, Oscar de Almeida Castelo Branco, o que era fato notório em Benjamin Constant (AM), município em que se deu o massacre. Dez anos depois (!) se expediram ordens de prisão aos acusados, o que se cumpriu no ano seguinte. Em junho de 2001, finalmente, a Dra Jaiza Maria Fraxe, da 1ª Vara Federal do Amazonas, condenou treze dos catorze acusados do massacre da Boca do Capacete, a penas entre 20 a 25 anos de reclusão.
E como no Brasil, políticos fazem dinheiro e dinheiro faz políticos, o atual Presidente da Câmara de Vereadores de Benjamin Constant não é ninguém menos que um filho de Oscar de Almeida Castelo Branco, que tinha 10 anos quando o massacre contra os Tikuna foi perpetrado, massacre que praticamente resvalou para a impunidade.
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