7 de fevereiro é o Dia Nacional de luta dos povos indígenas.

07 de fevereiro é o Dia Nacional de luta dos povos indígenas. 


Os Ticuna do Alto Solimões relembra a data em homenagem ao Sepé Tiaraju, símbolo da resistência indígena que foi assassinado no dia 7 de fevereiro de 1756. Sepé tombou lutando em defesa do território. Conheça mais sobre a história desse líder guarani.

Para os demais etnias e inclusive o Povo Ticuna, não é nada diferente o dia não é de comemoração e sim é mais um dia para março de valorização de identidade e direitos. Em memória HISTÓRICO dos Ticuna e na busca pela luta e conquista de direitos, os povos indígenas reivindicam a representatividade como um meio de exercerem seu papel enquanto cidadãos brasileiros. Hoje, há grupos que defendem e buscam inserir indivíduos em diversas esferas sociais e políticas, a fim de ampliarem a defesa de seus direitos.


HISTÓRICO

A data foi estabelecida pela lei nº 11.696 de 2008, e é uma conquista dos movimentos sociais e de direitos humanos de grupos minoritários. O dia rememora o falecimento de Sepé Tiaraju, índio guarani, que foi uma das lideranças indígenas de uma das muitas revoltas contra portugueses e espanhóis, ocorrida em 1756, contra as determinações do Tratado de Madrid, que redesenhou as fronteiras das Américas Portuguesa e Espanhola.

Os indígenas da época não aceitaram a determinação dos colonizadores. Contrariando o que diziam os documentos das potências coloniais, Sepé afirmou em carta à Coroa espanhola a decisão dos indígenas de resistir: “Esta terra tem dono”.

A história de Sepé Tiaraju tornou-se tema literário. Entre as obras é considerada a mais importante “Romance dos Sete Povos das Missões”, de 1975, de Alcy Cheuiche, que retrata a vida do guerreiro indígena brasileiro, cuja figura permanece na história do povo riograndense como um ícone heroico que fez parte da formação da identidade e do território do Rio Grande do Sul.

Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas remete à conscientização sobre a importância dos debates ligados às pautas dos povos originários, tais como a luta pelo direito à terra e contra a destruição da natureza, assim como questões ligadas à saúde e a educação nas aldeias, além do reconhecimento dos saberes tradicionais, entre outros pontos.

Isso porque a ideia de progresso que vigorou no Brasil desde a Colônia sempre vinculou a noção de “civilizar” a dizimar costumes dos povos tradicionais através da catequese cristã católica, da expansão da monocultura e da indústria. Isso tudo marcou a fundação do Brasil sobre o genocídio das populações indígenas em nome de um progresso que não existe para a maioria da população.

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