Fortalecendo Vozes e Protegendo Territórios: Estudantes Magüta da UNICAMP Lideram Oficinas de Comunicação e Segurança Indígena em Umariaçu!
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O evento foi promovido pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrou o projeto de extensão
universitária Magüta. Durante seis dias, foram realizadas oficinas divididas em
dois momentos principais:
Oficina: Comunicação Audiovisual (2 e 4 de fevereiro)
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A primeira etapa do evento focou na formação e capacitação dos jovens indígenas na produção de conteúdo midiático. Indígenas Tikuna que estudam na Unicamp ministraram a oficina, compartilhando conhecimentos teóricos e práticos sobre comunicação audiovisual. Foram discutidas as dificuldades enfrentadas pelos integrantes da Rede de Jovens Indígenas de Comunicadores do Alto Solimões (REJICARS) e também participaram os jovens da Aldeia Belem do Solimões que estão no Departamento de Jovens Indígena Magüta do Alto Solimões - DAJIM-AS/FOCCIT e estratégias para melhorar a divulgação de informações nas comunidades.
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A oficina destacou o papel
essencial da comunicação digital na defesa das políticas indígenas e na
preservação cultural. A falta de acesso a equipamentos adequados foi um dos
principais desafios levantados. Os estudantes da Unicamp apresentaram formas de
aplicação prática do conhecimento adquirido na universidade, visando empoderar
os comunicadores locais.
Oficina: Reforço da Segurança Comunitária (5 e 6 de fevereiro)
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Nos dias 5 e 6 de fevereiro, a
segunda etapa do evento abordou a segurança comunitária na aldeia Umariaçu II.
Durante os debates, os participantes discutiram a falta de apoio institucional
e os desafios enfrentados pelas seguranças comunitárias, que atuam há mais de
oito anos sem suporte adequado.
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A oficina explorou a interligação
entre o corpo físico e o território, destacando a relação espiritual e
ambiental dos povos indígenas com suas terras. Foi enfatizada a importância de
um código de trabalho institucional que regulamente a atuação da segurança
comunitária, minimizando os impactos da violência, alcoolismo e do envolvimento
de jovens com o narcotráfico.
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Situação Atual dos Territórios
e Resultados
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Os participantes apresentaram suas demandas e necessidades, transformando-as em encaminhamentos para a Unicamp e outras instituições parceiras. A expectativa é que as informações coletadas sirvam de base para a elaboração de projetos futuros que fortaleçam tanto a segurança comunitária quanto a comunicação indígena.
As oficinas realizadas pela
Universidade de Campinas - UNICAMP nas aldeias Umariaçu I e II representam um
marco para o fortalecimento das comunidades indígenas, trazendo conhecimento e
ferramentas essenciais para enfrentar desafios contemporâneos. Durante os
encontros, foram abordados temas cruciais como comunicação audiovisual e segurança
comunitária, áreas fundamentais para a preservação cultural e a autodefesa do
território.
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A formação na área da comunicação
permitiu que jovens indígenas aprimorassem suas habilidades na produção de
conteúdo midiático, possibilitando a divulgação de informações verídicas e a
valorização da cultura Magüta. A falta de autonomia na comunicação é um dos
principais desafios enfrentados pelos povos indígenas, e essas oficinas
oferecem uma alternativa para garantir que suas histórias, lutas e conquistas
sejam contadas por eles mesmos.
A segurança nas comunidades é um
tema crítico, dado o aumento da violência, alcoolismo, tráfico de drogas e
invasões territoriais. A oficina proporcionou um espaço de debate entre os
próprios indígenas para discutir formas de fortalecer a Segurança Comunitária
Indígena de Umariaçu (SECGUM). Com isso, as lideranças puderam elaborar
propostas para buscar apoio institucional e criar estratégias para manter a
integridade e a proteção do território.
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As terras indígenas do Alto
Solimões enfrentam constantes ameaças devido à exploração ilegal de recursos
naturais, ao narcotráfico e à negligência governamental. A falta de
investimentos em educação, saúde e infraestrutura agrava as dificuldades,
tornando os jovens indígenas ainda mais vulneráveis. Por isso, iniciativas como
as oficinas da Unicamp são fundamentais para fortalecer a juventude indígena,
garantindo que tenham ferramentas para atuar em defesa de seus direitos e
territórios.
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Essa parceria entre universidade e comunidade representa um passo importante para a autonomia indígena, promovendo o uso da tecnologia e do conhecimento acadêmico como aliados na preservação cultural e na luta por justiça social. É essencial que esses espaços continuem sendo fortalecidos para que os indígenas possam seguir protagonizando suas próprias histórias e garantindo um futuro mais seguro para suas comunidades.
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A iniciativa foi coordenada por
Susana Durão e Cristina Larrain Manzo, com apoio de Marco Tobon, Ana Caroline
Dias Silva e dos estudantes indígenas Ailton Pinto, Andrewz Mendes, Karine
Mendes e Dirlene Farias e a Josi Ticuna. O evento destacou a importância de discussões
aprofundadas sobre comunicação e segurança indígena, promovendo soluções
colaborativas e sustentáveis para os desafios enfrentados pelas comunidades do
território Umariaçu.
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